O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (26), que, se for preso, vai dar trabalho. A fala ocorre após a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou ele e mais sete acusados réus por trama golpista.
“Se eu tivesse devendo qualquer coisa, eu não estaria aqui. Fui para os Estado Unidos graças a Deus, porque se eu estivesse aqui no dia 8 de janeiro, estaria preso até hoje, ou morto, que eu sei que é sonho de alguns aí. Eu preso vou dar trabalho”, disse Jair Bolsonaro.
Denúncia da PGR
Jair Bolsonaro é acusado pelos seguintes crimes:
*organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
*golpe de Estado;
*dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
*e deterioração de patrimônio tombado.
De acordo com a PGR, os delitos se desenrolam em cadeia de acontecimentos e não são de “ocorrência instantânea”.
Alguns com mais marcante visibilidade do que outros, sempre articulados ao mesmo objetivo – o de a organização, tendo à frente o então Presidente da República Jair Bolsonaro, não deixar o Poder, ou a ele retornar, pela força, ameaçada ou exercida, contrariando o resultado apurado da vontade popular nas urnas”, diz o documento da Procuradoria.
Decisão do STF
Com a decisão unânime da Primeira Turma nesta quarta, será instaurada uma ação penal. Com isso, será iniciada uma série de trâmites e audiências.
Após a apresentação das defesas e definição de testemunhas, serão realizadas as audiências e, por último será aberto um prazo para que os advogados se manifestem sobre qualquer outra questão que possa surgir.
Ao fim do julgamento, os réus serão absolvidos ou condenados, e caberá aos ministros do STF definir as penas e os crimes pelos quais cada um será punido.
Bolsonaro pode ser condenado a até 39 anos de prisão, caso seja condenado, segundo especialistas consultados pela CNN antes do julgamento.
Crédito: CNN Brasil