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Juiz e advogados são investigados por manipular decisões judiciais e lesar idosos na Paraíba

O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quarta-feira (11) a operação “Retomada”, que apura um esquema de manipulação de decisões judiciais envolvendo um juiz e três advogados. A ação cumpre cinco mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), com foco na Comarca de Gurinhém.

As investigações apontam que o grupo utilizava associações fraudulentas, como a Interativa Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e a Associação de Assistência aos Aposentados e Pensionistas, para ajuizar ações coletivas com o objetivo de obter ganhos ilícitos. Segundo o Gaeco, as práticas ilegais causaram prejuízo a instituições financeiras e, principalmente, a idosos.

Entre as irregularidades identificadas, estão ações judiciais fraudulentas que buscavam suspender descontos de empréstimos consignados, permitindo a liberação de novas margens para empréstimos indevidos, e acordos falsos que simulavam homologações de descontos sob justificativas enganosas. Muitos idosos, alvos principais da organização, não tinham ciência ou entendimento das manobras.

A operação, que também conta com a participação da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (CCRIMP) e da Polícia Civil, cumpriu mandados em residências dos investigados e no Fórum da Comarca de Gurinhém.

O Gaeco reforça que a investigação continua para desarticular completamente o esquema e responsabilizar os envolvidos.

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