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Bolsonaro vai ao Congresso, defende PL da Anistia, mas nega barganha para apoiar Hugo Motta

O projeto de lei da anistia aos presos do 8/1 é prioridade para o Partido Liberal. Ficou evidente em coletiva de imprensa concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante passagem pelo Congresso Nacional, que as articulações pelo avanço da matéria não cessaram.

Bolsonaro assumiu que conversou com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) sobre o tema, mas negou que vai condicionar eventual apoio do Partido Liberal(PL) aos candidatos Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União Brasil) nas sucessões presidenciais da Câmara e do Senado ao compromisso com o avanço da anistia nas Casas de Lei. Segundo ele, no contexto de disputa da Casa Alta, a prioridade do partido é, ao final, garantir protagonismo na configuração da mesa diretora.

Questionado se o partido usará a anistia para negociar, Bolsonaro respondeu: “Não tem condição [imposta para apoiar candidatos às presidências]. Ninguém está aqui para esconder a verdade de vocês. Nós sabemos da força do Alcolumbre, que ele deve ser o presidente do futuro. Em 2023 nós jogamos com Marinho e perdemos, e não temos espaço na mesa e em comissões. A gente está meio que um Zumbi aqui dentro, com todo respeito ao trabalho que a bancada do PL e outro que nos apoiaram fazem”.

Bolsonaro até citou o ministro da Defesa de Lula, José Múcio, para argumentar que o 8/1 não foi uma tentativa de Golpe de Estado. “A anistia está sempre nas pautas nossas. Nós entendemos, como cada vez mais tem um volume de parlamentares que entendem da mesma maneira, até corroborando com o ministro José Múcio da Defesa que o 8 de janeiro não foi uma tentativa de golpe, muito menos armada. A gente quer um remédio para isso aí. A gente vai buscando cada vez mais, porque tem gente inocente.. é uma questão humanitária. A gente conversa e é algo fora do partido“, afirmou.

O ex-presidente alfinetou o Partido dos Trabalhadores (PT) e disse que não quer a ‘paternidade’ da proposta de anistia. “Nós não queremos paternidade. Quero que alguém do PT seja o pai da anistia. Eu gostaria que o Lula tomasse a iniciasse de anistiar, porque entendo, com todos os defeitos que ele tem, será que ele não tem coração também? São pessoas humildes. Não há condição. Somos 95 deputados na Câmara.. se fosse 257, tudo bem… a gente não tem“.

Questionado se pretende usar o projeto para se tornar elegível, Bolsonaro rebateu: “Não tem nada a ver. É menos importante a volta da elegibilidade do que a liberdade das pessoas”.

 

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