Durante julgamento, nessa segunda-feira (23), do habeas corpus impetrado pela defesa da vereadora Raíssa Lacerda, presa na operação Território Livre Livre, o desembargador Fábio Leandro, demonstrou estarrecimento com o diálogo entre um líder de facção criminosa e Raíssa, supostamente, negociando cargos e apoio político. Para o magistrado, o mandato da vereadora serve aos interesses de facções.
“É estarrecedor como as facções do tráfico estão avançando em nossa sociedade e também no nosso sistema eleitoral. Está claro que a decisão da Justiça foi fundamentada e, de acordo com as provas da investigação, não deixa dúvidas de que o mandato da vereadora se mistura com os interesses das facções”, afirmou o desembargador.
Entre os que votaram a favor da manutenção da prisão estão o Procurador Regional Eleitoral Renan Paes e os desembargadores Bruno Teixeira de Paiva, Osvaldo Trigueiro, Márcio Leandro e Maria Cristina. O TRE decidiu, por unanimidade, pela manutenção da prisão de Lacerda, que permanece no presido feminino, Júlia Maranhão, em Mangabeira.