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Lula diz que quem pratica assédio não vai ficar no governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista à Rádio Difusora Goiana nesta sexta-feira (6/9), afirmou que fará reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, na tarde desta sexta, para falar sobre as acusações de assédio que o chefe do Ministério dos Direitos Humanos está sofrendo, reveladas pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

O presidente afirmou que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso, é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, de ter direito de se defender. Vamos colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética para investigar”, disse o presidente.

Uma das supostas vítimas é a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco.

Lula está em Goiânia para a inauguração do BRT Norte e Sul e para anunciar novos investimentos nos Institutos Federais do estado.

O presidente disse que decidirá, na tarde desta sexta, se Silvio Almeida permanecerá no governo. Antes, irá consultar outros ministros.

“Estou em uma briga danada contra a violência contra mulheres. Meu governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio. Vamos ter que apurar corretamente, mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, disse Lula.

Lula destacou que o governo está tendo bons resultados e que não permitirá que a conduta de uma pessoa atrapalhe o desenvolvimento do país.

“Eu vou decidir hoje à tarde. Primeiro, vou conversar com meus três ministros, com duas mulheres que estão no governo, que são ministras, e depois vou conversar tanto com o Silvio quanto com a Anielle e tomar a decisão. O governo precisa de tranquilidade”, afirmou Lula.

“Não vou permitir que o erro pessoal de alguém ou equívoco de alguém vá prejudicar o governo. Nós queremos paz e tranquilidade, e assédio não pode coexistir com a democracia”, completou o presidente.

Metropoles

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