Os advogados de defesa do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima apresentaram, nesta segunda-feira (12/08), um pedido de Habeas Corpus Preventivo com objetivo de impedir a prisão do médico acusado de abuso sexual contra crianças no próprio consultório, situado em João Pessoa.
Na última semana, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do pediatra. O mandado foi feito após, pelo menos, seis mulheres formalizarem denúncias contra o médico. Uma sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, hoje com 42 (quarenta e dois) anos, também revelou ter sido abusada pelo pediatra quando tinha 9 (nove) anos, mesma idade da suposta vítima mais recente.
Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, um dos advogados, Aécio Fárias, alegou que o acusado segue contribuindo com o inquérito policial e que não há tentativa de fuga de Fernando.
“A autoridade policial requereu fez um novo pedido de prisão preventiva, alegando que o Dr. Fernando havia fugido, algo que efetivamente nunca teria acontecido, porque ele compareceu na sexta-feira e respondeu a todas as perguntas que foram feitas pela autoridade policial. De modo que, na ótica da defesa, esse pedido se encontra prejudicado. Há também uma alegação de que teriam aparecido novas vítimas. Porém, segundo, se extraiu essas dizentes novas vítimas alegam fatos que teriam supostamente ocorrido num passado bem distante. Então, em virtude disso, a defesa manejou um pedido, expondo as razões pela desnecessidade dessa prisão e eventual prisão contra o médico Dr. Fernando Cunha Lima. Então vamos aguardar o pronunciamento judicial e esperamos que ele seja mantido em liberdade, porque ele vem contribuindo com toda a investigação. Não se furtou em momento algum”, detalhou.
Ainda na entrevista, o defensor justificou o pedido de habeas corpus devido a fragilidade de saúde do médico.
“Ele é um cidadão com 81 anos de idade. Possui um câncer prostático. Inclusive, segundo informações, ele há já alguns anos ele retirou a próstata e ele tem diversas comorbidades. A saúde dele é extremamente fragilizada. Então, de modo que eu acho que no entender a defesa uma uma eventual prisão preventiva é que equivaleria a uma decretação de morte para ele, ele não tem a menor condições de de cumprir ou de ser preso preventivamente. A saúde, repito, é extremamente frágil”, concluiu.
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