Será retomada nesta segunda-feira (26/08), na 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, a audiência de Instrumento e Julgamento dos processos que apuraram desvios de recursos públicos e corrupção no Hospital Padre Zé.
A expectativa para a oitiva de hoje é de que sejam interrogados os réus padre Egídio de Carvalho (ex-diretor), além das ex-diretoras Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas. Os três são investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio milionário de recursos e fraudes na gestão do Instituto Padre Zé, que recebe recursos públicos e uma unidade filantrópica.
A operação
De acordo com o inquérito do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que deflagrou a ‘Operação Indignus’, o esquema supostamente coordenado pelo Padre Egídio de Carvalho Neto teria resultado no desvio de R$ 140 milhões do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana. As irregularidades estariam ocorrendo desde 2013. O religioso, além das ex-funcionárias da instituição de saúde, Jannyne Dantas (ex-diretora administrativa) e Amanda Duarte (ex-tesoureira) são acusados por articular os desvios.
A operação mostrou um rastro de vida luxuosa deixado pelo Padre Egídio, com granja e apartamentos de alto padrão em nome dele. Na granja, de acordo com as informações, vinhos caríssimos dividiam espaço com obras sacras de grande valor e eletrodomésticos que simbolizam bom gosto e ostentação.