O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou um pedido de moção de repúdio ao presidente Lula após ele ter feito uma referência jocosa a casos de violência doméstica no Brasil.
Em solenidade realizada na terça-feira última, 16, no Palácio do Planalto, Lula declarou que ficava “triste” ao saber, por meio de uma pesquisa, que há uma tendência ao aumento de casos de violência contra a mulher após jogos de futebol. Depois disso, o petista emendou: “Se o cara é corinthiano, tudo bem”.
“Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste, eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente. Então, eu queria dar os parabéns às mulheres que estão aqui”, declarou o presidente.
Diante dessa fala, o deputado bolsonarista afirmou que a declaração de Lula “é inaceitável e vai de encontro aos esforços contínuos e necessários para combater todas as formas de violência contra as mulheres em nosso país”.
“Ressalta-se, ser inadmissível que um chefe de Estado, que deveria ser um exemplo de respeito e promoção dos direitos humanos, faça uso de seu espaço público para relativizar uma questão tão séria como a violência contra a mulher”, declarou o parlamentar no pedido de moção de repúdio.
Nem Janja aguenta mais os discursos de Lula?
O presidente Lula (PT) admitiu um dia depois, 17, que passou a ler seus discursos após um pedido da primeira-dama, Janja, como forma de conter eventuais críticas por falas desastrosas do petista. A orientação foi para ele “tomar cuidado com cada palavra” usada em evento com pessoas com deficiência.
“Quando eu vim falar aqui, a Janja me alertou uma coisa: ‘amor, tome cuidado com cada palavra que você vai falar porque essa gente tem a sensibilidade aguçada’”, disse Lula durante Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Lula afirmou que decidiu ler o discurso preparado por sua equipe para “não falar nenhuma palavra que possa criar problema”. O presidente, no entanto, fez uma ressalva afirmando “se eu falar alguma palavra, vocês sabem que eu sou um analfabeto e preciso aprender muito com vocês”, completou.
O Antagonista