O posicionamento do presidente Lula (PT), que se manifestou dias depois do ditador Nicolás Maduro se autoproclamar presidente reeleito da Venezuela, foi vergonhoso e contradiz toda narrativa criada, nos últimos anos, em defesa da democracia.
Como fiador do processo eleitoral da Venezuela, ao assinar o acordo de Babrbados, Lula “violentou” a democracia e revelou para o mundo que a tão propalada “defesa da democracia” serve apenas para os adversários políticos.
É inconcebível o presidente do Brasil considerar o processo eleitoral da Venezuela dentro da normalidade e sem gravidade diante de todas artimanhas utilizadas para dificultar e até impedir eleitores da oposição de votar.
Além disso, soa como piada a recomendação de Lula para os opositores, insatisfeitos com o resultado, buscar o judiciário, como se houvesse justiça em regimes ditatoriais. A posição de Lula é um tapa na cara de quem acredita, que de fato, ele é um democrata.