O Ministério Público do Estado, através da promotora Anita Bethânia Silva da Rocha, recomendou a suspensão do São João de Santa Rita ou a adequação do evento à realidade do município. No documento, a promotora afirma que a projeção dos gastos com o São João é absolutamente desproporcional à realidade financeira e social do Município.
A promotora compara dos gastos com as contratações de artistas nacionais para festa em Santa Rita, na casa dos R$ 10 milhões, com o show de Madona, no Rio de Janeiro, onde a prefeitura gastou os mesmo R$ 10 milhões, sendo que o orçamento da prefeitura do Rio de Janeiro é 70 vezes maior que o de Santa Rita.
De acordo com o MPPB, a cidade de Santa Rita sofre com problemas de falta de infraestrutura, medicamentos, insumos e profissionais na saúde. Além disso, aponta dificuldades na educação, saneamento básico e previdência do município.
“As vultosas despesas com as festividades juninas são consideradas ilegítimas, uma vez que as receitas de Santa Rita são reduzidas frente as necessidades sociais básicas da população”, diz trecho do documento.
Por fim, o Ministério Público apontou três caminhos para Prefeitura de Santa Rita: o cancelamento do evento, a adequação financeira da grade de artistas à realidade financeira do município ou adotar a forma de compartilhamento de custais com empresas privadas responsável pela organização do evento, como é feito em outras cidades, a exemplo de Campina Grande e Bananeiras.