Parece brincadeira, piada, fake news, inclusive, demorei para acreditar que era verdade, até checar e confirmar a informação que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, solicitou ao Ministério do Desenvolvimento Social, que priorizasse as famílias quilombolas, ciganas e de terreiros (religião afro), na distribuição de cestas básicas e produtos de higiene no Rio Grande do Sul. É impensável que diante de uma tragédia de tamanha proporção, ainda tenha gente pensando em “faturar” ideologicamente com a desgraça alheia.
A ministra também aproveitou a “oportunidade”, nas redes sociais, para pedir fazer campanha eleitoral.“Diante da tragédia no Rio Grande do Sul, nosso governo investiu mais de R$ 1,5 bilhão para saúde, adiantamento de benefícios sociais, auxílio aos desabrigados, garantia de alimentos e energia”, disse Anielle. Em seguida, ela fala do fim do prazo para regularizar ou tirar o título de eleitor, e completa: “Votar em quem atua em prol da vida das pessoas e do povo brasileiro é o que faz a realidade mudar”. A fala da ministra revela uma falsa empatia com o sofrimento alheio. Em jogo, está os interesses políticos de Franco. Diante da repercussão, Anielle foi obrigada a apagar a postagem.
A neurose (que é um conjunto de perturbações psíquicas, psicológicas e emocionais que gera desequilíbrio no comportamento) ideológica na atitude da ministra chega a nível tão alto que o próprio Ministério da Igualdade Racial” não percebe que está promovendo a segregação, a divisão de classes, o privilégio de minorias. O que está em jogo, diante da catástrofe gaúcha, é a vida e a dignidade humana, que não deve ser vista sob a ótica da religião, da cor da pele ou ideologia política, até porque, todos somos iguais perante a lei. Essa atitude divide o país em tribos, feudos, castas, classes. Essa visão só alimenta a polarização insana vivida nos últimos anos no Brasil. Para além disso, ideologizar a dor do povo gaúcho, além de neurótica e insana, é uma atitude desumana, que merece nosso total repúdio.