Brutal, cruel, chocante, desumano, covarde. Esses são alguns dos adjetivos que podemos usar para tentar expressar os sentimentos diante da perplexidade do assassinato de Mayra Barros, gerente de um restaurante no Shopping Mangabeira, nesta sexta-feira (12). O crime chamou a atenção de todo país por causa da motivação fútil. É muito injusto saber que uma cidadã, mãe de família, esposa e profissional exemplar teve a vida interrompida, em pleno exercício do trabalho, sem chances de reação e, talvez, pelas característica do crime (tiro nas costas a queima-roupa), sem saber, sequer, o motivo de tamanha maldade. Minha total e irrestrita solidariedade à família da vítima.
Tirar a vida de uma pessoa porque não foi aprovado em uma seleção de emprego e tentar usar a condição social para se vitimizar perante a sociedade é de uma perversidade inimaginável. O criminoso disse que tirou a vida de Mayara porque “se sentiu menosprezado por ser pobre e preto”, segundo depoimento à polícia” e que mandou mensagem para ela, mas não respondeu. Ou seja, premeditou o crime, durante toda semana, baseado em sua doente imaginação ao interpretar, de forma distorcida da realidade, que a não resposta da vítima às mensagens enviadas era sinal de humilhação e preconceito. Só uma mente tomada por pensamentos disfuncionais (sem passar pelo crivo de uma conclusão lógica) é capaz de raciocinar desta forma, pior, achar que essa interpretação é a verdade absoluta. Baseados em suas “verdades” e crenças, o ser humano pratica as maiores atrocidades como essa.
O criminoso tem perfil de psicopata, não demonstra sentimento nem arrependimento pelos seus atos, pelo contrário, tenta justificar o inaceitável. É um perigo para sociedade. Graças ao trabalho da polícia, a tragédia não foi maior. Pela quantidade de munições (38 intactas), o bandido estava disposto a cometer um genocídio. O mais absoluto rigor da lei é o que a população espera da justiça. Para um psicopata dessa magnitude, é praticamente impossível falar em recuperação, já que só há possibilidade de mudança quando há arrependimento genuíno. Portanto, desejo que passe os restos dos dias na cadeia.
Para finalizar, já que estamos diante de um país polarizado ideologicamente, é possível, embora seja inaceitável, que os defensores dos “Direitos Humanos” venham argumentar que o criminoso é vítima dos problemas sociais e econômicos que assolam o país (desemprego, fome e miséria). Sei que tem gente que pensa dessa forma, mas esse raciocínio é tão repugnante e sem sentido quanto o do bandido. Quantos país de família recebem “nãos” em entrevistas de emprego, contudo, mantém a fé, a esperança e a resiliência de que dias melhores virão. O ato desse covarde criminoso é fruto de uma mente maligna e das mazelas emocionais das quais se deixou dominar.