Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) precisam mudar, urgentemente, a postura se quiserem melhorar o conceito, a imagem perante a opinião pública. É o que aponta a pesquisa DataFolha, divulgada no final de semana, onde 38% da população reprovam a atuação do STF. O índice dos que aprovam é de 27%.
O levantamento indica que houve piora na avaliação do STF na comparação com dezembro de 2022. À época, havia empate no índice de aprovação e reprovação: 31%. A percepção da população, segundo a pesquisa, é que os ministros agem politicamente, com o viés progressista.
Os posicionamentos claros sobre aborto, descriminalização da maconha e ideologia de gênero alimentam a ideia e aproxima a Corte do público mais identificado com a esquerda. A pesquisa aponta, inclusive, que a avaliação dos ministros melhora entre os petistas (45%) e piora entre os que se indentificam com a direita (65%).
O episódio da morte, na cadeia, de um manifestante bolsonarista que participou dos atos de 8 de janeiro contra a Corte, corroborou com a imagem desgastada do STF, já que grande parte da opinião pública coloca “nas costas” do ministro Alexandre de Moraes a negligência e omissão na morte de Cleriston Pereira da Cunha.
O Brasil, como boa parte do mundo, está “cristalizado” no debate entre esquerda e direita. Isso significa mais do que polarizado, ou seja, esse debate ainda vai pautar as discussões políticas por muito tempo no país. A indicação de um ministro, extremamente, identificado com o comunismo, como é o caso de Flávio Dino, só vai corroborar com a imagem esquerdista da Corte.
Com a população, majoritariamente, conservadora, já que o STF decidiu contaminar o debate com posições políticas, só há uma saída para melhorar a crise de imagem e os índices de aprovação: adotar posturas conservadoras para tentar agradar opinião pública, se essa for a intenção da Corte.