Um dos motivos do pedido de prisão do padre Egídio e das duas ex-diretoras do Hospital Padre Zé foi a tentativa de destruir provas e atrapalhar as investigações. Segundo o documento assinado pelo desembargador Ricardo Vital, o qual o Blog do Anderson Soares teve acesso, o trio teria combinado a troca de aparelhos, mudança de senhas dos e-mails institucionais. Além disso, o padre Egídio teria apagado mensagens de conversas no WhatsAp antes de entregar o aparelho ao Gaeco.
“Inúmeras conversas foram apagadas, existindo apenas algumas posteriores a cinco de setembro 2023 (início da Operação Pai dos Pobres, que culminou com a prisão de Samuel). Pelo que se observa claramente, e o relatório anexado aponta tecnicamente, o investigado EGIDIO NETO apagou quantidade considerável de mensagens, de inúmeros outros contatos, almejando tirar do conhecimento do Poder Judiciário a forma como tocou a empreitada criminosa, antes de entregar seu aparelho telefônico”, aponta trecho da decisão do desembargador Ricardo Vital.
O trio foi preso na manhã desta sexta-feira (17). Segundo o Gaeco, eles estão sob custódia aguardando à disposição da Justiça. De acordo com a investigação, o religioso participou de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).