Auditoria realizada pelo Gaeco constatou que o padre Egídio, ordenador de despesas do Hospital Padre Zé, movimentou mais de R$ 4,5 milhões entre 2021 e junho de 2023. A auditoria revela que o valor é, infinitamente, superior aos rendimentos mensais do religioso, que em média, recebia salário de pouco mais de R$ 15 mil por mês.
“A auditoria foi capaz de verificar que entre 2021 e junho de 2023, EGIDIO movimentou a imensa quantia de R$ 4.510.234,77 (quatro milhões, quinhentos e dez
mil, duzentos e trinta e quatro reais e setenta e
sete centavos), valor manifestamente superior ao
abarcado pelos seus rendimentos lícitos, que
dentro de uma análise mensal observam uma
média de R$ 15.662,69”, diz trecho da decisão do desembargador Ricardo Vital.
Segundo depoimento da contadora do Hospital Padre Zé, Raquel, as operações financeiras eram feitas de modo a dificultar o caminho do dinheiro. Ela revelou que padre Egídio emitia cheques com altos valores e para que fossem sacados em espécie, na boca do caixa. “As saídas de dinheiro público para o
patrimônio particular de EGÍDIO em 2021 foi de
aproximadamente R$ 1,9 milhão e em 2022
foi de aproximadamente R$ 1,6 milhão”, apontam as investigações.