O movimento político feito pelo governador João Azevêdo (PSB) de antecipar o debate sobre o processo eleitoral de 2026 tem uma clara estratégia: impedir erros do passado, onde adversários conquistaram espaços importantes na própria base governista por causa de indefinições. A percepção é que o senador Veneziano (MDB), candidato à reeleição, estava avançando em espaços vazios entre aliados do governo.
O primeiro passo da estratégia foi o governador bater o martelo e afirmar, categoricamente, que será candidato ao Senado em 2026.
O segundo passo foi dado ontem. João reuniu-se com os atores principais do processo eleitoral, a exemplo dos deputados Hugo Motta (Republicanos), Aguinaldo Ribeiro (PP), o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos) e deputados da base aliada.
A mensagem foi clara: coesão do grupo e formatação dos espaços na chapa majoritária para 2026, com Lucas Ribeiro disputando a reeleição no cargo, João Azevêdo e Hugo Motta concorrendo as duas vagas para o Senado. A vaga de vice está em aberto. Foi sugerido o nome de Adriano Galdino, mas o Republicanos teria que decidir entre a vaga ao Senado ou vice-governador.
A eleição de 2022 foi pedagógica para João Azevêdo e fica evidente que o governador não quer incorrer em erros estratégicos que culminaram, por exemplo, na eleição de Efraim Filho (Unaio Brasil) para o Senado. Por isso, a necessidade de começar a fazer o dever de casa.