A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira, 26/9, a Operação CTO que tem como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais, em tese cometidos por sócios e colaboradores de empresa especializada em criptoativos. Trata-se de desdobramento da Operação Halving. Foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campina Grande e Lagoa Seca.
A operação Halving foi deflagrada em fevereiro, com mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, sequestro de bens e suspensão parcial das atividades da empresa investigada. Os alvos são sócios e funcionários da empresa paraibana de criptoativos Braiscompany, com sede em Campina Grande.
Com os elementos colhidos nas medidas judiciais, outros crimes e vários outros envolvidos foram sendo apontados como participantes do esquema criminoso. Nos últimos 4 anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Os crimes investigados são os previstos nos arts. 7º (emitir títulos falsos) e 16 da Lei nº 7492/86 (operar falsa instituição financeira), além do artigo 12 da Lei 12.850/13 (que trata de organização criminosa).
O nome da operação é uma alusão ao setor da empresa onde atuavam os traders, denominado como Centro Tático Operacional (CTO). Em tese esse deveria ser o coração da empresa, onde seriam gerados os lucros que permitiriam os pagamentos prometidos em propaganda. No curso da operação Halving foram reunidos indícios de que o desempenho desse setor nem de longe alcançava o que era necessário para a viabilidade do negócio.