O governador João Azevêdo (PSB) já tem demonstrado certo incômodo com as perguntas da imprensa sobre candidatura própria do seu partido, em João Pessoa. Nesta sexta-feira (4), durante entrega de ônibus no Terminal Rodoviário da capital, ele buscou, mais uma vez, dar garantias de que pretende apoiar a reeleição do prefeito Cícero Lucena (PP), mantendo o atal vice-prefeito, Léo Bezerra, como indicado da sigla na composição da chapa majoritária. As declarações foram dadas na frente de Léo, durante a solenidade, e servem como recado para o próprio PSB.
As posições do governador, enquanto maior autoridade do partido, têm minado o movimento visando a construção de projeto alternativo na capital. O movimento, por gravidade, era capitaneado pelo presidente municipal do partido, Tibério Limeira, que também é secretário de Administração do Estado. As insatisfações da sigla foram expressadas na cobrança contrapartida em Cabedelo, onde os socialistas esperam contar com o apoio de Cícero e do deputado federal Mersinho Lucena (PP). Depois, houve cobranças por espaço na gestão municipal para nomes do partido. Nenhum dos pontos avançou.
No sentido contrário, em declarações recentes, João Azevêdo disse considerar o movimento dos socialistas legítimo, mas deixou claro sua opinião contrária. Em seguidas oportunidades, manifestou o desejo de ver reeditada a chapa PP-PSB, com Léo como indicado do partido dele. Os posicionamentos do gestor serviram de atídoto contra as posições internas da sigla e elas, aos poucos, foram perdendo efeito. Numa análise mais fria, é possível dizer que essa conformação é compreensível, já que o governador é a maior autoridade do Estado e, consequentemente, do partido ao qual ele é filiado.
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