A Polícia Federal desencadeou nesta sexta-feira (21) a operação Trade-Off, que tem como alvo a empresa de criptoativos Braiscompany. A instituição financeira paraibana é acusada de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. Os mandados, desta vez, estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo e Sergipe. De acordo com a PF, os crimes investigados eram cometidos por sócios e colaboradores da empresa especializada em criptoativos, tratando-se da 4ª fase da operação Halving. As investigações vêm acontecendo desde o ano passado.
No mês passado, em operação ocorrida na fronteira com a Argentina, foram presos três funcionários da Braiscompany. Os alvos foram Victor Hugo, Sabrina Mikaelly e Arthur Barbosa. Todos foram detidos em Foz do Iguaçu-PR. Ainda estão sendo procurados os sócios Antônio Inácio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos, que têm mandados de prisão determinados pela 4ª Vara Federal de Campina Grande/PB.
Na trade off, nesta sexta-feira, a PF detalhou que foi exarada uma ordem judicial pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba para indisponibilidade de bens no valor de R$ 136 milhões em nome dos investigados. As investigações indicaram que empresa Braiscompany movimentou valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Os crimes são previstos no art. 22 da Lei nº 7492/86 e art. 1º da Lei nº 9.613/98, ou seja, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, respectivamente.
Trade-off é um termo amplamente utilizado em economia e administração e refere-se à situação em que é necessário fazer uma escolha que envolve sacrificar algo em favor de outra coisa. Sacrifica-se alguma coisa para obter um bem maior, que por vezes causa um tipo de dilema. No caso, a ação do Estado visa coibir a prática delitiva através do estrangulamento financeiro da organização criminosa.