O apresentador Emerson Machado deu sua primeira declaração pública após a aceitação da denúncia contra o radialista, por crime de racismo.
Emerson disse ser fã do Candomblé e que se auxilia com um Pai de Santo do bairro do Valentina. Ele pede desculpas a todos da religião e afirma não ter preconceito contra nenhum credo.
Machado diz que para ele o assunto está superado e que será defendido por um famoso advogado criminalista.
Uma reportagem do dia 28 de abril de 2021, exibida pela TV Correio, motivou o recebimento de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra repórter Emerson Machado, conhecido como “Môfi”. A denúncia, por crime de racismo, foi aceita pelo juízo da 16ª Vara Federal em João Pessoa (PB).
Na reportagem ao vivo, Emerson Machado trazia informações sobre “Marcos”, suposto envolvido no caso Patrícia Roberta, jovem de Pernambuco que foi encontrada morta no dia 27 de abril de 2021, na Capital. O suspeito havia sido preso naquele dia com bilhetes sujos de sangue. Ele seria um amigo de Jonathan Henrique G. dos Santos, acusado de matar a vítima.
De acordo com o MPF, o repórter proferiu discurso de ódio contra a religião Candomblé durante a transmissão do programa no dia 28 de abril de 2021. As palavras que configuram racismo, segundo o MPF, são as seguintes: “Sobre um pouco da história do Marcos, ele residente aqui desde criança né nessa mesma casa segundo informações, o Marco já participava de Candomblé né dessas tribos, negócio de candomblé é o Marcos já participava o acusado também já participava desse negócio de magia de Candomblé já participava desse encontro aqui mesmo nessa casa“.
Na visão do MPF, o réu teria praticado o crime de forma livre e consciente, com dolo direto, tipificado no Artigo 20 da Lei 7.716/1989. O discurso teria sido veiculado por meio do canal da TV na plataforma YouTube, com amplitude de alcance transnacional, durante a cobertura de crime de homicídio de uma jovem de 22 anos, que chocou a sociedade.
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