Com receio dos impactos da CPMI dos atos antidemocráticos, cujo requerimento deve ser lido pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), amanhã, o governo Lula resolveu abrir o cofre e prometeu um jeton de R$ 5 milhões a R$ 7 milhões a cada deputado federal integrante da base governista, informa a Folha.
Esse dinheiro seria repassado por meio de emendas tipo RP2, aquelas obras tocadas pelos ministérios. Assim, os deputados precisariam apenas mandar um ofício gentil solicitando que as pastas executem obras diretamente em suas bases parlamentares. É um esquema ainda mais obscuro que o orçamento secreto.
“Segundo deputados, o ministro Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) procurou parlamentares nas últimas semanas para falar sobre a liberação das emendas”, destaca o jornal.
“Segundo relatos feitos à reportagem, nas últimas semanas integrantes do governo passaram a ser pressionados para acelerar a liberação da verba, num contexto em que a frágil base de sustentação do Executivo petista começará a ser testada no Congresso”, acrescenta.
Em outros tempos, isso teve um nome: mensalão.
O Antagonista