“Está se tornando uma situação vergonhosa e vexatória. Pronto e ponto. Aliás, está se está instalada já, não está se tornando”. Foco com essas palavras que o desembargar, Ricardo Vital, relator da Operação Calvário, classificou a suspeição de mais um juiz nos processos dos réus, sobretudo, o ex-governador Ricardo Coutinho (PT). Já são dez magistrados que se negam a julgar o petista.
A declaração do relator da Calvário se deu na sessão do pleno do Tribunal de Justiça, nesta quinta-feira (16), após uma fala do desembargador Márcio Murilo. O desembargador ressaltou que há casos de juízes que não julgam os casos da Calvário por algum grau de parentesco com os acusados ou até mesmo por falta de estrutura.
“Não estou aqui para justificar o porque os magistrados estão se julgando suspeitos. Pode ser por parentesco, questões pessoais ou pode ser por questão de estrutura. magistrado é um ser humano e a estrutura que se tem hoje nas aras, diferente dos outros estados, não é suficiente para que um juiz pegue um processo com 20 ou 30 pessoas”, disse.
Márcio Murilo destacou ainda, que o tribunal pleno aprovou por unanimidade, um anteprojeto de lei que foi enviado à Assembleia Legislativa para se criar a Vara Estadual para julgar processos relacionados à Organizações Criminosas (Orcrim), mas o projeto está emperrado na Assembleia. O desembargador cobrou apreciação da matéria.
