A Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba (ALPB) realiza, nesta sexta-feira (31), a partir das 9h, uma Sessão Especial em alusão ao Março Roxo, mês de Conscientização e em defesa dos direitos das pessoas com epilepsia.
A desinformação, o preconceito e o alto custo dos medicamentos, que contribuem para que essas pessoas tenham a sua qualidade de vida piorada, também serão temas de discussão.
Solicitada e organizado pelo deputado Michel Henrique, presidente da Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia (FPIDP), da União Nacional dos Legisladores (Unale), a sessão terá a participação de médicos especialistas, psicólogos, estudantes de psicologia, pacientes, familiares, demais profissionais e pessoas interessadas no tema.
O presidente da Associação Epilepsia na Sociedade, João Hércules, curado da doença após realizar uma cirurgia, estará presente e será um dos palestrantes do evento.
Para o deputado Michel Henrique, é preciso falar abertamente sobre a epilepsia para levar informação para todos os segmentos da sociedade e acabar com o estigma que acompanha os pacientes.
“Há muito desconhecimento e preconceito em relação à epilepsia. É importante que as pessoas conheçam o problema, descubram que existe tratamento adequado e que o poder público ofereça opções para quem precisa. É um tema relevante porque caso não seja diagnosticado e acompanhado corretamente pode levar à morte. Na Paraíba são 63 mil pessoas com essa patologia, portanto, vamos continuar trabalhando pelos direitos dessas pessoas não só agora, mas, ao longo do nosso mandato”, afirmou Michel.
Março Roxo
Objetivo é promover conscientização sobre a doença que atinge mais de 50 milhões de indivíduos no mundo e usar a informação para amenizar preconceito com a epilepsia. A escolha do mês se deu pelo fato de que em 26 de março é comemorado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia – o Purple Day.
O que é a Epilepsia?
A epilepsia é um distúrbio do cérebro que se expressa por crises epilépticas repetidas sem fator agudo desencadeante, ou seja, é uma tendência da pessoa a ter crises epilépticas. Entre cada cem pessoas, uma a duas tem epilepsia. Estima-se que ao redor do mundo, 50 milhões de pessoas tenham epilepsia ativa, ou seja, esteja em tratamento ou tenha tido crises no último ano.
O que fazer quando alguém estiver tendo uma crise epilética:
Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor;
Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
Acomode o indivíduo em local sem objetos nos quais ele pode se debater e se machucar;
Utilize material macio para acomodar a cabeça do indivíduo, como por exemplo, um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio;
Posicione o indivíduo de lado, de forma que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) escorram para fora da boca;
Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor;
Permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência;
Ao término da convulsão, a pessoa poderá se sentir cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar. Observe a duração da crise convulsiva, caso seja superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica.
O que não fazer quando alguém estiver tendo uma crise epilética:
Não impeça os movimentos da vítima, apenas se certifique de que nada ao seu redor irá machucá-la;
Nunca coloque a mão dentro da boca da vítima, as contrações musculares durante a crise convulsiva são muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo;
Não jogue água no rosto da vítima.