Uma sessão mais que especial de autoria do deputado Michel Henrique (Republicanos), foi realizada nesta sexta-feira (31) na Assembleia Legislativa da Paraíba, encerrando com chave de ouro o Março Roxo que promove ações para reforçar a conscientização e combater o preconceito contra as pessoas com epilepsia.
Com balões roxos soltos ao vento para minar o preconceito em torno da epilepsia, relatos de pacientes e familiares, informações dos médicos especialistas, participação da Associação das Pessoas com Epilepsia, de estudantes de psicologia da Faculdade Facene, através da coordenação do curso, além da presença de pessoas de várias cidades, a sessão transmitida ao vivo informou a Paraíba sobre a doença e ainda celebrou o Purple Day, Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia, comemorado em 26 de março.
Com sentimento de dever cumprido, o deputado Michel Henrique destacou a importância de abordar um tema tão esquecido pelo poder público.
“Muito feliz em ver que minha primeira sessão especial ajudou a esclarecer e reforçar ações para evitar o preconceito. Estar à frente desse processo dentro da UNALE, que é a União Nacional dos Legislativos do Brasil, através da frente parlamentar de conscientização sobre a epilepsia, me fez abraçar essa causa, que será mais uma pauta do meu mandato permanentemente. Minha gratidão a todos e todas que se fizeram presentes nesse momento tão importante, foi apenas o começo do nosso trabalho em defesa de quem vem sendo esquecido pelo poder público, vamos lutar para que mais cirurgias sejam realizadas e o tratamento ampliado”, afirmou Michel.
A ex-deputada federal Edna Henrique, esteve presente na sessão e disse que o momento foi de conscientização. “Foram depoimentos de lindos de quem vive o dia a dia dessas pessoas esquecidas e que sofrem o preconceito por causa de uma doença. Graças a Deus, meu filho Michel se sensibilizou e defende essa causa com muito entusiasmo”, disse Edna.
O deputado Bosco Carneiro parabenizou Michel Henrique pela criação da Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia (FPIDP) e pela iniciativa de levar ao poder público um tema tão relevante e que faz parte da realidade de mais de 63 mil paraibanos. “Aprendi muito hoje aqui e parabenizo o deputado Michel Henrique por criar esta Frente. Estarei à disposição, diante do que for encaminhado a partir Frente e desta sessão especial, inclusive com destinação de recursos través das Emendas Impositivas”, garantiu Bosco.
O presidente da Associação das Pessoas com Epilepsia na Paraíba, João Hércules, afirmou que o estado necessita ter um centro cirúrgico para realizar os procedimentos que podem ser a cura da doença. Ele foi curado da epilepsia, após uma cirurgia simples que no estado é muito difícil realizar.
O neurocirurgião especialista em cirurgia de epilepsia, Dr. Stênio Sarmento, disse que a iniciativa da sessão foi muito importante para dar visibilidade a necessidade de ter serviços de saúde específicos que possam ofertar aos pacientes tratamento adequado que possibilitam a volta ao convívio social.
O neurocirurgião Marcos Wagner analisou que, com o avanço cada vez mais intenso da tecnologia, o tratamento da epilepsia tem alcançado resultados mais positivos e leves, mas ainda não é acessível a todos. “Em alguns casos, há a indicação de cirurgia para controle das crises. Porém, na grande maioria dos casos, o tratamento é feito com remédios, com orientação e empatia”, disse.
Com epilepsia há 50 anos, Célia dos Santos recebeu o diagnostico ainda aos 4 anos de idade e ponderou que a doença, na sociedade, não deve ser uma condição impeditiva. “Onde chego, luto para combater o preconceito e o estigma de que o epilético não consegue fazer nada e não consegue viver com qualidade. Porque nada impede da gente ser o que quiser ser”, desabafou Célia.
Participaram da mesa de honra o deputado Bôsco Carneiro, a vereadora Helena Holanda, neurocirurgião Marcos Wagner Porto, neurologista José Alberto Campos da Silva Júnior, o neurologista clínico Patrick Sampaio, coordenadora do curso de psicologia da faculdade Facene, Vilma Melo.