A nomeação do novo superintendente estadual dos Correios na Paraíba tem gerado polêmica. Jackson Silva Henrique, servidor da empresa que até então atuava como gerente de Região de Atendimento em Campina Grande, e antes disso como carteiro, foi nomeado para dirigir a empresa.
O problema é que Jackson Silva seria um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e teria participado, inclusive, de manifestações contra a eleição do presidente Lula (PT) no quartel do Exército em Campina Grande.
De acordo com o presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, a indicação teria sido do senador eleito Efraim Filho (União Brasil). O dirigente acredita que é importante trazer senadores e deputados de outros espectros políticos para ajudar na governabilidade, mas é preciso um filtro para evitar nomeações de bolsonaristas da “linha de frente”.
“Tem que ter um filtro. Nós não podemos aceitar que figuras de proa, bolsonaristas de linha de frente, que acamparam na frente de quartel, que ajudaram financeiramente atos golpistas, que participem desse governo porque aí é uma contradição política. A ampliação dessa base é importante, trazer deputados e senadores para a nossa base, para garantir a governabilidade é importante, mas não podemos aceitar que não tenha um filtro mínimo nessas indicações”, observou em entrevista à Rádio Arapuan FM.
Efraim negou que a indicação tenha sido sua, mas sim do União Brasil e lembrou que o partido comanda o Ministério de Telecomunicações do governo do presidente Lula (PT).