A reeleição do governador, neste domingo (30), com 52,51% (1.221.904 votos) contra de 47,49% (1.104.963 votos) de Pedro Cunha Lima (PSDB), rompe um tabu de que o candidato ao governo do estado precisa vencer em João Pessoa e Campina Grande para ‘faturar’ a cadeira do Executivo.
Mesmo perdendo na região Metropolitana de João Pessoa e em Campina Grande, como aconteceu no primeiro turno, os maiores colégios eleitorais, João venceu em 170 cidades paraibanas. O mesmo número do primeiro turno. No placar final, saiu vencedor com uma diferença de 116.941 votos contra Pedro, que saiu vitorioso em 53 municípios. No primeiro turno, o tucano ganhou em 26.
A vitória de Azevêdo foi obtida mesmo com a derrota em cidades em que tinha o apoio dos prefeitos, como João Pessoa (Cícero Lucena), Bayeux (Luciene Gomes) e Santa Rita (Emerson Panta), do Progressistas, que indicou o vice, Lucas Ribeiro na sua chapa.
Foi derrotado também em Cabedelo, onde Pedro teve o apoio do prefeito Vitor Hugo. A diferença percentual por lá foi ainda maior: 62,02% a 37,98%. Em Conde, o tucano venceu o governador reeleito com 52,58% a 47,42%.
João Azevêdo também perdeu em Campina Grande, terra natal de Pedro Cunha Lima. O tucano teve 67,36%, enquanto o governador conquistou 32,64% dos votos campinenses, mesmo com o vice também sendo da cidade.
Em contrapartida, João Azevêdo compensou o resultado ruim no maiores centros com votação expressiva, sobretudo no Cariri e Sertão paraibano, como em: Serra Grande (87,83% x 12,17%), Santana de Mangueira (87,81% x 12,19%), Tavares (83,24% x 16,76%), Bom Jesus (84,57% x 15,43%), Aparecida (83,14% x 16,86%), São José dos Cordeiros (83,03% x 16,97%), Nova Floresta (81,57% x 18,43%), Nova Floresta (81,46% x 18,54%), Ouro Velho (80,67% x 19,33%), Cajazeiras (75,70% x 24,30%) e Cabaceiras (78,21% x 21,79%).
Diferenças grandes em cidades com eleitorado pequeno e ou médio. O interior do estado manteve Azevêdo no Palácio da Redenção.
Conversa Política (Jornal da Paraíba)
1 comentário
Fabrício Costa
O que isso mostra é que o povo independente e esclarecido, disse não a João Azevedo. Que aquelas pessoas que dependem de prefeituras do interior do estado, que vivem sempre na mesma situação de 12 anos atrás, foram cooptados pelos prefeitos para votarem no candidato que eles apoiavam. Venderam ao governador os votos e tinham que entregar de todo jeito a mercadoria. Uma pena numa época de hoje, ainda existir pessoas que se submetem a isso e que daqui a quatro anos estarão convivendo com os mesmos problemas que afetam até hoje.