O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba repudia as declarações do candidato ao governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB), feitas durante um evento voltado ao diálogo com a juventude paraibana na tarde desta quinta-feira, 11, em uma casa de recepções em Cabedelo.
Ao responder um questionamento sobre investimentos em segurança pública num eventual governo do tucano, Pedro disse que, respeita o que chamou de boa imprensa, jornalistas são pagos com dinheiro público para favorecer políticos. Apesar da insinuação, parlamentar não citou nome de nenhum profissional, generalizando a crítica.
“Quando você ouvir um programa de rádio, quando você acessar um blog político na Paraíba, existe uma boa chance, e eu lamento por isso, que o que está sendo dito ali, o que está sendo escrito ali, é pago com nosso dinheiro, com o dinheiro público, para blindar o governador [João Azevêdo], e eu não estou querendo lhe desrespeitar João, estou atacando um modelo, eu quero fortalecer ideias, eu não quero atacar ninguém, não quero desrespeitar ninguém”, disse Pedro à plateia.
A Associação de Mídia Digital (Amidi) também divulgou nota de repúdio. “É temeroso que em dias atuais, diante de tantas ameaças ao nosso sistema democrático, nos deparemos com declarações como as do candidato ao governo da Paraíba, o deputado federal Pedro Cunha Lima s(PSDB). Ele atacou jornalistas e empresas de comunicação que, na opinião do tucano, seriam custeados pelo dinheiro público para “blindar” um de seus oponentes na corrida pelo Palácio da Redenção”, diz o trecho, que ainda destaca.
“O deputado foi infeliz em sua declaração e deveria se retratar. Os jornalistas e veículos de comunicação merecem respeito, pois desenvolvem um trabalho necessário e prestam diariamente serviço à população. Por mais que o conteúdo não o agrade, o parlamentar e homem público precisa respeitar e conviver com o contraditório”, pontua a Amid.
O que diz Pedro Cunha Lima
O deputado Pedro Cunha Lima informou, por meio de nota, que “defende enfaticamente a liberdade de imprensa como pilar básico da democracia”, assim como o “respeito ao exercício do jornalismo, sobretudo dos profissionais que atuam com independência”.