O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite deste sábado (9/7), em Foz do Iguaçu. As informações são do jornal H2Foz. A festa tinha como tema o PT.
Segundo relatos, por volta das 23h, um agente penitenciário federal invadiu a festa, disparando contra o aniversariante. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas.
Relatos ainda apontam que o agente federal entrou na festa gritando o nome do presidente Jair Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo”. Ele estava armado e aterrorizou os convidados da festa, embora estivesse acompanhado de uma mulher e uma criança pequena, de acordo com as testemunhas.
Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal, que reagiu. Segundo informações, o agressor também teria morrido na confusão.
A vítima era casada e pai de quatro filhos, entre eles um bebê de 1 mês. Era guarda municipal há 28 anos, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) e tesoureiro do PT local. Nas eleições de 2020, saiu candidato a vice-prefeito de Foz pelo Partido dos Trabalhadores.
A Polícia Civil está investigando os assassinatos. Uma das primeiras medidas foi requisitar as imagens das câmeras de monitoramento para a diretoria da Aresfi, que se comprometeu a entregá-las. As armas foram encaminhadas para perícia.
Em nota, o PT nacional lamentou a morte de Marcelo Arruda. “Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, diz a nota.
“Marcelo, não esqueceremos de você, em sua memória continuaremos na luta contra a violência, a injustiça e a intolerância. Presente, hoje e sempre!”, conclui a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).