O juiz Wolfran da Cunha Ramos, da 4ª Vara Criminal, manteve o início do julgamento da ação penal, remanescente da Operação Calvário, resultante do caso Propinoduto para quinta-feira, 13 de julho, às 9h. O caso evolve o episódio quando, durante uma blitz, em junho de 2011, policiais detiveram um veículo conduzido por um servidor do Estado, conduzindo uma mala com dinheiro. Os indiciados haviam recorrido para adiar o julgamento.
Dentro da mala foram encontrados, além de R$ 81 mil em dinheiro, bilhetes sinalizando a divisão do butim com os ex-secretários Gilberto Carneiro, Livânia Farias e Laura Farias, além de Coriolano Coutinho. O caso tinha caído no esquecimento, após misterioso sumiço do inquérito policial, mas em 2019, durante uma delação, a ex-secretária Livânia Farias revelou detalhes do escândalo, o que levou o Gaeco a inserir o caso no âmbito da Calvário.
Conforme as investigações, o dinheiro tinha sido sacado numa agência do Banco do Brasil, em Recife. Junto, os policiais encontraram um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00. Somando, totalizava precisamente R$ 81 mil.
Conforme documento protocolado pelo Forum dos Servidores da Paraíba junto ao Ministério Público, o “G” seria de Gilberto Carneiro (procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra. Laura (Farias), então superintendente da Sudema.
Aracilba – Ainda em seu despacho, desta terça (dia 21), o magistrado reconheceu a prescrição em favor de Aracilba Alves da Rocha, que fora citada inicialmente, por, supostamente, ter tido conhecimento do inquérito. Com isso, Aracilba deixa de constar como denunciada na ação penal, pelo reconhecimento da prescrição, sem prejuízo da continuidade do processo.