O governador João Azevêdo (PSB) retornou das férias, em Portugal, com dois objetivos claros: definição do candidato ao Senado na chapa que será encabeçada por ele e consolidação do palanque para Lula (PT). Em conversa com o blog, antes da viagem, deixou claro que a definição de parte da chapa majoritária se tornou urgente, por causa da deflagração prematura da corrida eleitoral pela vaga na Casa Alta. Ele atribui à pressa do ex-aliado, Efraim Filho (União Brasil), o movimento que acabou contaminando o processo e fazendo com que outros nomes entrassem na briga pelo espaço de forma antecipada.
O nome preferido de João Azevêdo para o Senado é o do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP). O governador já deu declarações dizendo que a vaga é do progressista, se ele quiser. Uma reunião deve acontecer nos próximos dias, com a presença de João, Ribeiro e do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP). O gestor pessoense é o principal entusiasta da composição. Ele disputou as eleições de 2020 com uma então improvável aliança com João Azevêdo. De lá para cá, os dois afinaram a convivência e têm trabalhado projetos de forma conjunta.
Sobre o ex-presidente Lula, João Azevêdo tem tratado com ironia o trabalho de parte dos petistas do Estado e do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) para a construção de palanque exclusivo. A filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao PSB e a consequente indicação dele para vice de Lula turvou esse processo. Azevêdo não terá dificuldades legais para exibir o ex-presidente no guia eleitoral e nem de tratá-lo como aliado. Além disso, apesar da gratidão da Executiva Nacional para com ex-governador Ricardo Coutinho (PT), o foco de Lula é o fortalecimento dele mesmo para o pleito.
O encontro entre João Azevêdo e o ex-presidente Lula já tem data provável para acontecer. O petista e o paraibano vão comparecer ao evento que o PSB vai promover em Brasília a partir de quinta-feira (28). A prioridade do PSB é fortalecer os laços entre as siglas em todos os estados onde a presença de Lula contribua com votos. Este é o caso da Paraíba. “Quem precisa brigar por exclusividade é dono de concessionária”, ironiza João Azevêdo em relação à busca dos adversários no plano estadual por um palanque exclusivo de Lula para Veneziano.
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