Após reunião de uma hora e meia com integrantes da cúpula do Progressistas no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, 25, Jair Bolsonaro voltou a tratar o partido como primeira opção para disputar a eleição do ano que vem. Segundo participantes do encontro, a ida do presidente ao PP está “encaminhada”. Estiveram presentes, o presidente da Câmara, Arthur Lira, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o filho 01, Flávio Bolsonaro.
No encontro, ficou acertado que Bolsonaro terá preferência para indicar candidatos à disputa aos governos estaduais e ao Senado. Em São Paulo, por exemplo, o partido se comprometeu a apoiar Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura, ao Senado. Pelas negociações em curso, o cabeça de chapa e candidato ao governo estadual com o apoio do Progressistas seria Geraldo Alckmin, em tratativas para se filiar ao União Brasil, fruto da fusão entre o DEM e o PSL. O ex-tucano ainda negocia com o PSD, de Gilberto Kassab. A ideia agradou a Bolsonaro, uma vez que o PL de Valdemar Costa Neto já selou apoio ao tucano Rodrigo Garcia, vice do atual governador João Doria, seu inimigo político.
O PP também toparia apoiar o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, na disputa ao governo do Rio Grande do Sul.
A reunião com os principais líderes do Progressistas ocorreu no mesmo dia em que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou um vídeo convidando o presidente a ingressar na sigla.
Antes de bater o martelo, Bolsonaro pretende comunicar sua decisão ao próprio Valdemar. A estratégia é, mesmo sem se filiar ao PL, manter o partido no arco de alianças em 2022. O presidente pretende conversar com o dirigente nesta terça-feira, 26. No Planalto, há quem defenda oferecer ao partido o posto de vice na chapa presidencial. O nome para o posto, contudo, ficaria a critério de Bolsonaro.
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