O governador João Azevêdo deve deixar o Cidadania para se filiar à um partido com maior envergadura, fundo partidário e tempo de rádio e TV. A possibilidade já tem sido discutida entre o governador e os aliados. A análise feita é que a reeleição pode ser comprometida se João continuar no Cidadania, já que o partido tem fundo partidário considerado pífio e irrisório tempo de TV. Além disso, segundo informações, o Diretório da Paraíba estaria impossibilitado de receber recursos por conta de pendências.
Dentre os partidos na mesa para discussão sobre futura filiação estão o PSB e o Podemos. Com a saída de Ricardo Coutinho, o PSB seria o partido mais interessante do ponto de vista estratégico , já que tem um bom fundo eleitoral. Entretanto, há mágoa de Azevêdo com o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, por causa do processo traumático da destituição de Edvaldo Rosas da presidência do partido. Aliados do governador entendem que o presidente estadual do PSB, Gervásio Maia, não seria obstáculo para uma eventual acomodação do governador e do grupo político na sigla, pelo contrário, a avaliação é que a filiação seria uma estratégia importante para reeleição de Gervásio à Câmara Federal. Outro fator que pesa a favor do PSB, é o alinhamento do partido com o ex-presidente Lula.
Em relação ao Podemos, João tem uma boa relação com a presidente nacional do partido, deputada federal Renata Abreu que, inclusive, esteve com ele na Granja Santana em visita à Paraíba. O atual presidente estadual da legenda, Júnior Pires, é aliado do governador. O Podemos é considerado uma legenda com boa estrutura partidária em relação ao Cidadania. O ponto negativo seria o alinhamento da legenda mais à direita e o namoro com a candidatura de Sérgio Moro.
Apesar de reconhecer as dificuldades de reeleição pelo Cidadania, João Azevêdo tem uma ligação muito respeitosa e até afetiva com o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire. Isso o tem feito ponderar sobre a saída do partido, entretanto, para aliados mais próximos, a desfiliação é questão de sobrevivência política.
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