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Vendas pela internet representam mais da metade do faturamento dos pequenos empreendedores

A Pesquisa “O Impacto da pandemia do coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), identificou que as vendas pela internet aumentaram e que mais da metade do faturamento de 1/3 dos microempreendedores individuais (MEI) provém dessa fonte. Vender pela internet foi um dos caminhos encontrados por cerca de 70% dos donos de pequenos negócios para driblar a crise.

O deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Eduardo Carneiro, apontou que o digital tem sido uma alternativa para vencer a crise provocada pela pandemia. “A crise sanitária que estamos vivendo há mais de ano nos impôs uma série de desafios, um deles foi se reinventar para manter as vendas aquecidas. Nesse sentido, as vendas on-line, por meio da utilização das redes sociais, têm sido a saída para os microempreendedores”, analisou.

Atuando no meio virtual a Alupasts nasceu em meio à pandemia, em Julho de 2020. Com a produção de antepastos de tomate e Berinjela – sucesso familiar – Aluska Oliveira viu aí uma oportunidade de ter o próprio negócio. “Começamos a trabalhar a mídia, as receitas, as fotos, tudo experimentado pelo ciclo que estava convivendo, ou seja, apenas seis pessoas. Daí começamos, os seis, divulgando entre os conhecidos no WhatsApp e marcando os perfis de Instagram abertos e que imaginávamos gostar desse tipo de entradas”, explicou.

A microeempreendedora individual disse ter visto, de repente, a primeira encomenda. “Fomos aumentando as vendas semanalmente e no Natal alcançamos um número considerado de entregas. Após esse sucesso natalino, começamos a aprimorar o cardápio. Saímos do âmbito tão somente dos antepastos para um cardápio diversificado e todos os dias pensamos em surpreender com sabores sempre artesanais. O nosso maior prazer é fazer a harmonia desses sabores que explodem na boca dos nossos clientes. Há um ano estamos juntos degustando e brindando essas iguarias”, relatou.

Unindo a realidade da pandemia e o desejo de se manter mais perto das filhas, Thayssa de Souza viu na confecção de laços infantis uma possibilidade de ter o próprio negócio. Com R$ 26 de investimento inicial, no Dia das Mães de 2020, na mesa de casa a artesã fez seu primeiro laço. “Fiquei muito feliz. Não era perfeito, mais ali eu tinha certeza que era minha oportunidade de ter um negócio e de trabalhar com o que amava, perto das minhas filhas. Nunca vi meu artesanato como um passatempo, desde o primeiro laço eu vi oportunidades. Sou apaixonada pelo que faço, tudo que sai do meu ateliê é especial, feito com muito cuidado e carinho”, afirmou.

Thayssa contou ainda que com o passar do tempo viu seu empreendimento crescer e a loja virtual trazendo novos clientes e novas vendas, foi então que entendeu que precisava formalizar o seu negócio. “Isso iria me abrir outras portas, como vender em atacado, por exemplo; podendo emitir notas fiscais e também meios de facilidade para compra de material. Além de mostrar para meus clientes credibilidade, gerando assim mais confiança”, avaliou.

A pesquisa do Sebrae em parceria com a FGV apontou ainda que entre as 21 atividades analisadas, em 14, a relevância que o comércio eletrônico tem alcançado no faturamento foi maior para os MEI. O estudo revelou que mais da metade dos microempreendedores individuais do Turismo alegaram ter mais de 50% das vendas oriundas da internet, seguidos pelos da Economia Criativa (46%), Indústria Alimentícia (45%) e Artesanato (43%).

Para Eduardo Carneiro, que também preside a Secretaria Especial de Empreendedorismo da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, as redes sociais têm cumprido um papel fundamental para viabilizar as vendas e fomentar o empreendedorismo. “Trabalhar com vendas on-line, ter uma vitrine virtual não é tão simples como muitos pensam, mais do que ofertar um serviço ou produto de qualidade é preciso conhecimento e estudo para saber como utilizar as ferramentas disponíveis a favor do próprio negócio”, pontuou.

Eduardo destacou que Thayssa Souza e Aluska Oliveira souberam ver em suas necessidades e habilidades, aliado à utilização adequada das redes sociais, a oportunidade de empreender e tornar-se MEI. “Precisamos investir e capacitar cada vez mais para que as pessoas possam aproveitar as oportunidades quando elas baterem à porta”, finalizou.

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