Após receber alta hospitalar, na manhã deste domingo (18), o presidente Jair Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre a aprovação da Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO), na qual aprovou dispositivo que aumenta o valor do Fundo Eleitoral, dos atuais R$ 2 bilhões para 5,7 bilhões. O presidente responsabilizou o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL-AM), por não ter separado o fundo eleitoral da LDO.
“Os parlamentares aprovaram a LDO. É um documento enorme, com vários anexos. Tem muita coisa lá dentro. Muitos parlamentares tentaram destacar essa questão [Fundo Eleitoral]. O responsável por aprovar isso é o Marcelo Ramos lá do Amazonas, viu presidente [Arhur Lira PP-AL]. Ele que fez isso tudo. Se tivesse destacado [o Fundo Eleitoral], o resultado talvez tivesse sido diferente”, afirmou Bolsonaro.
O presidente defendeu parlamentares da base que votaram favoráveis à LDO e, consequentemente, ao Fundo Eleitoral. “Quem está atacando parlamentares que votou o Fundão, isso não é verdade. Teve a votação da LDO que interessava ao governo. Então num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana, essa jabuticaba. O parlamento descobriu, foi tentando destacar para votação nominal essa questão e o Marcelo Ramos atropelou e não colocou em votação em destaque”, disse.
Bolsonaro criticou o aumento abusivo do fundão e sinalizou veto. “Eu sigo minha consciência, sigo a economia e a gente vai tentar buscar um bom final para isso tudo, afinal de contas, eu já antecipo: R$ 6 bilhões para fundo eleitoral, pelo amor de Deus (sic). R$ 6 bilhões na mão do Tarcísio (Ministro da Infraestrutura), ele recapearia grande parte da malha rodoviária do Brasil. R$ 6 bilhões do Rogério Marinho (Ministro do Desenvolvimento Regional), ele concluiria água para o Nordeste. Agora, Isso tudo vai para o orçamento, que eu tenho um teto. Cada vez mais eu tenho menos recursos para investir. O bom parlamentar não precisa de recursos para fazer campanha. Ele é reconhecido no seu estado ”, disse Bolsonaro.
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