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Bruno apresenta divergência de mais de 4,7 mil doses de vacinas enviadas a CG e Estado vai auditar o processo de distribuição

Em audiência virtual nesta segunda-feira, prefeito apontou outros pontos de desequilíbrio nas cotas destinadas ao Município

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, participou de reunião nesta terça-feira, 13, com os Ministérios Públicos Estadual e Federal e a Secretaria de Saúde do Estado na qual apresentou uma divergência no número de doses das vacinas da covid-19 enviadas a Campina Grande e o total efetivamente recebido pelo Município. Foi identificada uma diferença de 4.709 doses a menos para a cidade.

“Há uma discrepância nos números e indagamos o Estado. No sistema do Ministério da Saúde, consta que recebemos 86.757 doses, inclusive nas notas fiscais e notas técnicas do Governo do Estado, enquanto o número real é de 82.048 doses. Se o Estado defende que enviou todas as doses que recebeu, então essas 4.709 vacinas que deveriam ir para Campina Grande tomaram outro destino, e nós queremos saber”, disse Bruno, durante uma live que promoveu logo em seguida ao encontro virtual.

Acompanharam o prefeito na audiência remota os secretários Filipe Reul e Gilney Porto – titular e adjunto da Saúde Municipal – e o procurador-geral do Município, Aécio Melo.

Doses para os profissionais

Associado à essa diferença, Bruno Cunha Lima – também questionou o número de doses enviadas de acordo com os trabalhadores de saúde. Campina Grande recebeu pouco mais de 8 mil doses, enquanto João Pessoa recebeu mais de 38 mil unidades. Um dos encaminhamentos da reunião foi a discussão sobre a atualização no número de profissionais de saúde da cidade.

O dado de referência dessa base profissional para o envio das doses é de 11 mil, enquanto o Município tem mais de 21 mil trabalhadores. O assunto será colocado em pauta nas discussões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que decide sobre o andamento da campanha de imunização.

Idosos

Outro tema discutido e que será colocado em pauta na CIB é a recomposição das doses dos idosos, uma vez que há uma diferença entre o cálculo da população e o número real de moradores em cada faixa etária no Município. Essa defasagem, junto ao injustificado não recebimento das 4.709 doses, causou a escassez de vacina para a aplicação de doses de reforço esta semana.

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