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Anvisa aprova uso emergencial de novo medicamento contra Covid-19

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, 20, o uso emergencial do medicamento REGN-COV2 para o tratamento de pacientes com Covid-19. O novo tratamento é indicado para pessoas a partir de 12 anos de idade, com sintomas leves da doença e alto risco de evoluir para quadros graves.

O REGN-COV2 é um coquetel formado pelos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, desenvolvidos especificamente para bloquear a entrada do SARS-CoV-2 nas células. Os anticorpos monoclonais são proteínas produzidas em laboratório que imitam anticorpos gerados naturalmente pelo organismo.

O tratamento é administrado uma única vez, por infusão intravenosa, em até dez dias após o início dos sintomas e confirmação do diagnóstico da doença. O REGN-COV2 já está aprovado nos Estados Unidos, Suíça e Canadá e recentemente teve seu uso recomendado pela EMA, agência que regula medicamentos na União Europeia.

O coquetel, desenvolvido pela empresa americana Regeneron, mas que no Brasil será comercializado pela Roche, ganhou popularidade após ter sido usado como parte do tratamento do então presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, depois que ele contraiu a doença.

Estudos clínicos de fase 3 mostraram que o medicamento reduz em cerca de 70% o risco de hospitalização ou morte pela Covid-19. Evidências recentes indicam que a terapia tem o potencial de prevenir a doença.

No entanto, no momento, seu uso no Brasil está restrito ao tratamento, e não prevenção, da Covid-19. Essa é a segunda terapia contra a doença aprovada no país. No início de março, a Anvisa autorizou o uso emergencial do antiviral remdesivir.

A Anvisa recomendou que pessoas tratadas com o coquetel esperem 90 dias para receber a vacina contra o novo coronavírus. “Atualmente, não há dados sobre a segurança e eficácia das vacinas autorizadas pela Anvisa em pessoas que receberam esses anticorpos monoclonais como parte do tratamento contra a Covid-19, portanto antes de se vacinar, o paciente deve ser avaliado por um médico”, escreveu a diretora relatora Meiruze Sousa Freitas, em seu voto.

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