Apontado como um dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, entregou o cargo nesta segunda-feira (29). Sem maiores explicações para a razão de sua saída, em uma nota oficial divulgada pela assessoria da pasta, o ministro agradece ao presidente Jair Bolsonaro e aos comandantes das Forças e diz que sempre atuou para que as Forças Armadas fossem preservadas como instituição de estado.
“Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado. O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira”, diz a nota. “Saio na certeza da missão cumprida”, finaliza.
De acordo com fontes ligadas ao general, a decisão veio após um pedido do presidente Jair Bolsonaro pelo cargo. “Ele sai sereno”, disse um auxiliar.
O anúncio da saída do general, sem maiores justificativas por ora, pegou de surpresa algumas fontes em Brasília que estavam envolvidas nas tratativas para fechar um substituto para o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que também informou sua decisão de sair do governo ao presidente.
Com a saída de Ernesto e Azevedo, no mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro perde dois importantes expoentes de alas diferentes do governo: um da ala ideológica e outro da ala militar.
Novas mudanças Fontes do Palácio do Planalto afirmam que outras mudanças podem ainda ser anunciadas hoje. Segundo um general ouvido pela coluna, existe a possibilidade de o atual ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ir para o comando da Defesa, o que poderia abrir espaço político para o cargo de articulação.
Além disso, outra possibilidade, segundo auxiliares, é que o atual ministro da Casa Civil, Braga Netto vá para a Defesa e ramos assuma a Casa Civil.
Uol