Geraldo Medeiros, secretário de Saúde do Estado
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, fez um desabafo nesta quarta-feira (17), sobre a atuação situação da pandemia no Brasil. “Estamos diante da maior tragédia sanitária da história do nosso país”, disse. Ele lamentou, ainda, que diante da gravidade da situação, a saúde pública seja tratada como disputa política de grupos extremistas de ambos os lados.
“Seria o momento de estarmos unidos tendo um único pensamento de salvar a vida dos brasileiros, indistintamente do nível sócio-econômico, principalmente, dos nossos idosos que representam a maioria dos mortos. Enveredamos por discussões inúteis e acirradas em redes sociais. Abandonamos a ciência. Idolatramos drogas sem eficácia, condenamos o isolamento social em momentos cruciais. Desprezamos as máscaras, realizamos eleições atemporais, insistimos em minimizar o novo coronavírus”, desabafou.
Medeiros apontou falhas na falta de recursos à atenção primária ao longo do anos e na aquisição de vacinas. Ele pediu o apoio de todos ao novo ministro da Saúde e união. “Falhamos na aquisição precoce das vacinas. Investimos parcos recursos na Atenção Primária à Saúde e na nossa malha hospitalar ao longo dos anos associados a má aplicação e manutenção.Recebamos e reconheçamos com humildade nossos erros, acalmem os ânimos e nos unamos com a chegada de um novo ministro contribuindo com o mesmo e todos os entes federados em conjunção possamos sair do cadafalso em que nos encontramos. Não nos iludamos com ampliação de leitos.São métodos paliativos de gestão”.
Geraldo Medeiros concluiu se solidarizando com os familiares das vítimas da Covid-19. “Aos familiares daqueles que se foram e pereceram precocemente, a certeza de muitas mortes evitáveis, a tristeza, a saudade e o choro copioso dos que ficam. Um ano que se foi e nunca esqueceremos. Acorda, Brasil”, finalizou.
