“Recebi ataques, ameaças de morte que duraram a noite, tentativas de invasão em hotel que eu estava, fui agredida”. Essa foi uma das declarações dadas pela cardiologistas Ludhmila Hajjar, que chocou as pessoas de bom senso desse país. A médica afirmou que sofreu ataques criminosos de grupos ideológicos que não aceitavam sua indicação para o Ministérios da Saúde, por acreditarem que a renomada profissional não tinha compromisso com a pauta da direita.
“Vou continuar atendendo pessoas de esquerda e de direita. Isso, talvez, para algumas pessoas muito radicais e que estão defendendo o discurso da polarização é algo que me diminui. Pelo contrário. Se eu fizesse isso, não seria médica, não estaria exercendo a profissão, negaria o juramento que fiz no dia que me formei na universidade de Brasília”, disse Hajjar que é cardiologista das principais autoridades do país sem qualquer tipo de cegueira ideológica.
É estarrecedor ouvir a médica declarar que teve que sair do hotel que estava hospedada, em Brasília, com todo cuidado porque sofreu ameaças de morte: “Essa polarização, esse radicalismo, essa maldade utilizada em redes sociais, isso hoje é um atraso para o Brasil e vidas estão indo embora por causa disso, porque se criou uma narrativa baseada em algo que não tem lógica, não tem fundamento.”
É um comportamento criminoso que ultrapassa os limites do debate político para a agressão verbal, com sérios riscos de uma tragédia iminente. Ou seja, beira a insanidade mental com caraterísticas de perversidade. Essas pessoas não podem ser consideradas sadias, mentalmente falando. Perderam a noção de bom senso e lucidez. Não é admissível aceitar que pessoas queiram resolver indiferenças políticas ou quaisquer outras na violência, seja física ou verbal. Essas pessoas estão dispostas a matar ou morrer em nome de neuroses e alucinações políticas. Sociopatas travestidos militantes. É preciso dar um basta nessa radicalização que é tão letal ao país quanto o vírus.