Em todo o país, a imprensa tem denunciado autoridades políticas e de saúde que têm “furado a fila” e se vacinado, mesmo não estando no grupo prioritário delimitado pelo Ministério da Saúde. O caso mais emblemático na Paraíba é do prefeito de Pombal, Verissinho (MDB), que é médico, idoso, mas não está enquadrado no perfil do público-alvo para essa primeira estava da primeira fase de vacinação. O prefeito foi o primeiro a ser vacinado no município e postou o vídeo nas redes sociais. O fato gerou polêmica e repercussão na mídia nacional, que em tom de ironia, pontuou que “o político brasileiro é admirável”.
Muitos têm usado o argumento que a classe política “precisa dar exemplo” para estimular a população cética com a eficácia da Coronavac. Pequena parte da população até tem exigido isso dos representantes políticos. Entretanto, diante da escassez de doses no país, o Ministério da Saúde estipulou grupos prioritários (incluindo profissionais de saúde na linha de frente contra a pandemia, idosos que vivem em asilos, indígenas, profissionais de segurança, de transportes coletivos, etc) e o desrespeito a essa regra é infração grave. Tanto é que o Ministério Público da Paraíba está atento e vai apurar as denúncias. O comportamento de alguns políticos Brasil, utilizando do famoso “jeitinho brasileiro” para se vacinar é um ato oportunista, desumano e criminoso.