Não me surpreendeu a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao nomear o terceiro colocado da lista tríplice para reitor da UFPB. A decisão apesar de ser desrespeitosa, ja que não prevaleceu a vontade da maioria, é totalmente dentro da legalidade. O presidente tem a prerrogativa da nomeação. Primeiro ponto.
A nomeação tem uma explicação lógica. Na verdade, ideológica. A luta contra a esquerdização das universidades federais ou contra o Marxismo Cultural (implementação das ideias comunistas através do ensino, cultura e meios de comunicação) é uma das bandeiras mais caras do grupo político. As universidades, portanto, são áreas estratégicas contra o domínio da esquerda.
Diante disso, a necessidade de nomear alguém que tenha alinhamento ideológico com as pautas de Bolsonarismo. A decisão, certamente, causará revolta e indignação aos opositores do presidente, mas pesará, positivamente, no seio dos aliados do presidente. A nomeação dá munição e “alimenta o discurso da tropa” bolsonarista. O desaparelhamento da esquerda é um dos compromissos da extrema-direita. A nomeação do reitor da UFPB cumpre o script. Politicamente, Bolsonaro perderia muito se não tivesse tomado essa decisão.