Incoerência, contradições e demagogia são características presentes, mais do que nunca, na narrativa do candidato a prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Ele não se esforça em fazer autoanálise do próprio discurso para não ser ridicularizado diante de tamanhas inconsistências.
Ricardo foi às redes sociais, de forma precipitada, criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo decreto que permitia o estudo técnico sobre a viabilidade de parceria público-privada nas Unidades Básicas da Família (UBS). Usou de má-fé ao “surfar” na narrativa apelativa de privatização do SUS. Não é de causar estranheza, já que é adepto da política pós-factual ou da pós-verdade.
Ricardo criticou, exatamente, o modelo de gestão que ele implementou na Paraíba: terceirização da saúde. O problema não está no modelo em si, mas na finalidade, que resultou no desvio de mais de R$ 134 milhões dos cofres públicos, de acordo com a justiça. Ricardo foi Preso na Operação Calvário e está com os bens bloqueados, inclusive, pelo STJ.
Nesta quinta-feira (29), durante entrevista à Rádio CBN, Ricardo prometeu criar a Organização Social Pública para gerir a saúde de João Pessoa, o que revela déficit de raciocínio lógico. No vídeo em que critica a suposta privatização do SUS, Ricardo diz que “Saúde não é negócio, é uma necessidade de cada um de nós”. Não é preciso dizer mais nada. Os fatos falam por si. De fato, Ricardo é um político que não deve ser levado a sério.