Parceiro do PSB nas últimas eleições em João Pessoa, o PT decidiu caminhar em faixa própria no pleito deste ano. Com Ricardo Coutinho “queimado” pelas denúncias da Operação Calvário e, praticamente, fora da disputa, por não ter condição moral de concorrer a cargo público, já que tem uma tornozeleira para atormentá-lo, não restou outro caminho para o Partido dos Trabalhadores senão lançar candidatura própria. O escolhido é o suplente de deputado estadual, Anísio Maia. A pré-candidatura será lançada nesta segunda-feira (15).
A decisão do PT já provocou reação no coletivo girassol, que se manifestou nas redes sociais através do seu porta-voz, professor Flávio Lúcio, integrante do que restou do núcleo duro do Ricardismo. O professor atacou Anísio Maia, acusando-o de pertencer ao G11, grupo de deputados paragovernistas na Assembleia Legislativa e ter dado as costas à pauta trabalhista quando votou a favor da Reforma da Previdência Estadual, segundo ele, a mando de João Azevêdo.
De fiel escudeiro, o PT agora recebe críticas pesadas do “guru do Ricardismo” por decidir caminhar com as próprias pernas. A sigla sempre deixou claro que marcharia com o PSB, caso o ex-governador fosse o candidato, mas pelas últimas movimentações, o PSB deve lançar a esposa de Ricardo na disputado. As críticas açodadas do professor apontam o desespero dos socialistas com o iminente isolamento político na capital paraibano. Além disso, revela também o início da desintegração da esquerda em João Pessoa.