Os impactos econômicos da crise da COVID-19 nas empresas brasileiras foi o tema da Live realizada pela UNECS, que contou com a participação do presidente da CNDL, José César da Costa, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do presidente da Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), deputado Efraim Morais Filho (DEM-PB) e de cerca de 50 parlamentares.
O presidente da Unecs, George Pinheiro, conduziu o debate, que teve a presença também de presidentes de entidades nacionais do setor de comércio e serviços. As dificuldades de acesso ao crédito dominaram as discussões. O presidente da CNDL destacou que, de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, dos 38% dos pequenos empresários que já buscaram crédito nesse período de crise causada pela COVID-19, somente 14% tiveram o pedido aprovado pelas instituições financeiras. Dos outros 86%, 58% já tiveram o pedido negado.
Para o deputado Efraim Filho (DEM/PB), presidente da Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), o governo precisa chamar para si a garantia de crédito para a micro e pequena empresa, com a contribuição do Congresso Nacional, que também deve assumir as responsabilidades em torno da questão.
“Sabemos que não é simples, mas que é uma decisão técnica e política, porque se não fizermos isso hoje, amanhã esse recurso terá que chegar como socorro emergencial, sem nenhuma garantia de retorno do recurso”, disse Efraim.
Efraim lembrou que o setor de comércio e serviços é o que mais gera emprego e paga imposto no Brasil e que é essencial desburocratizar, simplificar procedimentos e procurar alternativas aos bancos para que o socorro chegue ao empresário. “Não adianta querer fazer economia financeira agora para depois ter de gastar mais. Precisamos salvar as empresas, para que elas mantenham as portas abertas e a retomada seja mais fácil”, completou.
Citando exemplos de programas de crédito de países como Estados Unidos e Suiça, o presidente da Unecs e da CACB, George Pinheiro, disse que as exigências das instituições bancárias têm sido o principal entrave para o alcance dos valores já disponibilizados, e que a alternativa para evitar um colapso é o governo assumir os riscos e as garantias para a concessão de crédito. “Os empresários precisam de dinheiro em caixa para conseguirem sobreviver e retomar suas atividades quando autorizados a isto. Se não for através de empréstimos, que seja através de um auxílio emergencial dado diretamente pelo governo”, opinou.