O governador João Azevêdo (Cidadania) decidiu adiar para maio a redução nos repasses do duodécimo para os poderes. Em ofícios encaminhados ao Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Defensoria Pública e Universidade Estadual da Paraíba, o gestor havia anunciado corte de 7,7% nos repasses já neste mês de abril. Após pedido formulado pelos gestores dos respectivos Poderes do Estado, o governador decidiu adiar o arrocho em um mês.
O ofício encaminhado a cada um dos poderes usava a queda nas receitas como justificativa para a redução. De acordo com os números oficiais, houve queda de 20,7% nas receitas neste mês em relação ao mesmo período de 2019. A expectativa é que mesmo com a recomposição das receitas do Fundo de Participação dos Estados (FPE) prevista para maio, a queda das receitas totais será de 10,5% em relação ao ano passado.
Em conversa com o jornalista Laerte Cerqueira, da TV Cabo Branco, o governador disse que ouviu dos Poderes pedido para manter os valores no mês de abril, uma vez que todos já haviam rodado a folha de pagamento. “É evidente que todos os Poderes estão com o espírito de colaboração nesse momento, considerando que durante esse período há uma redução significativa em diárias, passagens, férias, energia, material de consumo, etc. Tenho a certeza que os Poderes querem dar a sua parcela de contribuição com o povo do nosso Estado, nesse momento em que a receita do estado está tendo uma queda significativa e a crise não é só de responsabilidade do Executivo”, disse João Azevêdo.
A redução nos repasses do duodécimo vinha preocupando os gestores de vários dos Podres há alguns dias. O sinal de alerta surgiu com os cortes registrados em outros estados. Em Pernambuco, houve redução de 6,5% em março, 7% em abril e está previsto o desconto de 10% em maio. Em Sergipe, a redução foi de 10% em abril. O maior corte ocorreu no Rio Grande do Norte, com a marca de 18% de redução.