O desembargador Ricardo Vital, relator da Operação Calvário, decidiu, nesta sexta-feira (13), prorrogar por mais cinco dias, a prisão temporária do radialista Fabiano Gomes, a pedido do Ministério Público Estadual e da Polícia Federal, diante de fatos novos que surgiram no decorrer das investigações. O ex-secretário de Comunicação do Estado, Luís Torres e o atual, Nonato Bandeira comparecerem à sede da PF e confirmaram a versão de tentativa de ameaça, intimidação e coação do radialista.
No depoimento, na terça-feira (10), mesmo dia da prisão de Fabiano, Nonato afirmou que o comunicador dizia ter um dossiê contra ele a mando do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), com informações sobre denúncias de irregularidades. Bandeira confirmou, também, que o apresentador destacava suposta proximidade com o delegado Fabiano Emídio e o coordenador do Gaeco, Otávio Paulo Neto, e que tinha informações privilegiadas da Operação Calvário, insinuando que poderia blindá-lo.
Já na quarta-feira (11) foi o depoimento do jornalista e ex-secretário de Comunicação do Estado, Luís Torres. O jornalista também confirmou a narrativa de Fabiano sobre supostas informações privilegiadas sobre obtidas com as autoridades respeitáveis pelas investigações da Calvário. Segundo Torres, o radialista disse que Otávio Paulo Neto e Fabiano Emídio tinha lhe passado relatório de supostas irregularidades na Secom que poderiam jogá-lo no bojo das investigações.
O apresentador foi preso na 8ª fase da Operação Calvário, acusado de atrapalhar as investigações e tentativa de extorsão ao empresário, Denylson Machado, proprietário do Paraíba de Prêmios. Em depoimento à PF, o empresário revelou que Fabiano solicitava dinheiro para não divulgar informações sigilosas contra ele. O radialista também vai responder por posse ilegal de arma, já que foi encontrada uma pistola na residência de Fabiano Gomes.