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TJPB barra urgência urgentíssima na tramitação reforma na Previdência

O Tribunal de Justiça da Paraíba proibiu, através de decisão liminar, que a Assembleia Legislativa vote a reforma na Previdência do Estado em regime de urgência urgentíssima. Com isso, cai por terra a pretensão do governador João Azevêdo (sem partido) de ver o Projeto de Lei Complementar aprovado ainda neste ano. A decisão proferida pelo juiz convocado Onaldo Queiroga atendeu ao Mandado de Segurança Coletivo impetrado pelo líder da oposição, Raniery Paulino (MDB).

Com a decisão, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB), diz acreditar que a matéria só poderá entrar na pauta de votação no ano que vem. Os deputados da oposição criticaram o esforço governista para votar a matéria “a toque de caixa”. A pressa para a votação descontentou até a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Pollyanna Dutra (PSB). Apesar de governista, ela se negou a colocar a matéria em votação sem que o tema fosse devidamente discutido.

 

Um dos pontos ressaltados pelo magistrado que concedeu a liminar foi o de que o regimento da Casa estava sendo descumpridor, já que não se estabeleceu o prazo de cinco dias para emendas. Os deputados criticaram, também, um dos pontos mais polêmicos da matéria: a elevação linear da alíquota de contribuição previdenciária dos atuais 11% para 14%. O grupo defende o escalonamento das contribuições, com as pessoas que ganham menos pagando 7,5% e os que ganham mais contribuindo com 22%.

A proposta ainda prevê que a Previdência seja responsável apenas pela concessão de aposentadorias e pensões. Sairiam da alçada da PBPrev, por exemplo, o pagamento de benefícios como “licença-maternidade”, “salário-família”, “auxílio-reclusão” e “licença para tratamento de saúde”. O custeio deles ficaria a cargo do órgão contratante e não mais da Previdência estadual.

O governo mandou para a Assembleia Legislativa um Projeto de Lei Complementar (PLC) e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A previsão inicial era de que a PEC ficaria para o ano que vem e que o PLC seria votado já neste ano. Agora, ambos devem sobrar para a volta dos trabalhos, em fevereiro do ano que vem.

O secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Gilmar Martins, disse que o Estado tem comprometido mais de R$ 100 milhões do Tesouro todos os meses para cobrir o rombo da Previdência do Estado. Vários grupos ligados a entidades sindicais estão se organizando para protestar na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira. A votação da matéria é determinada por dispositivo constitucional aprovado pelo Congresso.

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