A Procuradoria-Geral da República recorreu ontem (23) da decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Nunes, que determinou a soltura do ex-governador Ricardo Coutinho. A Procuradoria aponta o ex-governador como sendo o líder da organização criminosa, que segundo o Ministério Público, desviou mais de R$ 134 milhões da saúde do Estado:
“Entende, assim, o Ministério Público que não se trata apenas de tratamento desigual, dando-se liberdade ao agente de todos mais poderoso. A decisão agravada quebra a eficiência da medida cautelar uma vez que a liberdade do líder da organização sem sequer uma medida alternativa ! não detém o funcionamento da empresa criminosa, nem da sua capacidade de desafiar o Estado e os poderes constituídos”, triz trecho do agravo.
O órgão ainda aponta que “a prisão cautelar, portanto, é essencial para se restaurar o Estado de Direito e o modo republicano, expurgando-se organização criminosa que se apropriou do Estado e detêm poder político. À Sociedade deve restar patente que o poder criminoso não se estende a todo o Estado”.