O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, prometeu judicializar a saída de João Azevêdo do partido. O agora ex-socialista anunciou a desfiliação da sigla na última terça-feira (3). Em carta, ele falou em ditadura dentro da agremiação. O dirigente disse que vai pedir a restituição do mandato ou, pelo menos, a restituição por cada centavo gasto durante a campanha. Ao todo, foram gastos R$ 3,8 milhões durante a campanha vencida por Azevêdo no primeiro turno.
De acordo com entrevista concedida ao site ParlamentoPB, na visão socialista, João Azevêdo traiu o partido. Siqueira, inclusive, sugere que o governador já queria deixar o partido quando, segundo ele, se recusou a apoiar a posse do ex-governador no comando do partido. O dirigente diz já ter visto traições antes, mas alega que surpreendeu como esta ocorreu ainda no primeiro ano de gestão. A pecha de traidor, vale ressaltar, tem sido rejeitada por Azevêdo. Ele alega que decidiu sair da sigla porque houve queda na democracia interna do partido.
A judicialização da questão, com pedidos e cassação do mandato do governador tende a dar pouco ou nenhum resultado. O histórico de julgamentos da Justiça Eleitoral é todo pró-entendimento de que não há como cobrar um mandato Executivo na Justiça. A fidelidade eleitoral vale, por isso, apenas para os cargos proporcionais. Ou seja, se houver desfiliação de deputados, eles poderão perder o mandato.
Crédito: Blog do Suetoni