O presidente da Câmara de Marizópolis, Osmar Vitalino (Avante), denunciou, ontem, uma tentativa de golpe para anular a eleição da atual Mesa Diretora da Casa e ameaças de armações contra adversários e pessoas com atuação na política local “que pensam diferente”. A denúncia foi feita durante entrevista ao apresentador Jota França no programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão.
Osmar historiou que desde sua eleição, realizada antecipadamente por meio de resolução, o vereador Carlos José (MDB), aliado do prefeito Zé de Pedrinho (PSDB), entrou com três ações na Justiça para anular o pleito, realizado com os votos de oito dos nove vereadores da Câmara.
Todas os três pedidos de liminares foram negados. O vereador entrou, posteriormente, com requerimento na Câmara pra anular a eleição. Sem sucesso, buscou outra Vara da Justiça para obrigar o presidente da Casa a colocar o requerimento em plenário. Osmar anunciou que obedecerá a decisão judicial e levará requerimento à tramitação interna.
Golpe e manobra política
“É a tentativa de golpe. Querem anular uma eleição legal, que eu já estou há um ano no cargo, por perseguição política e através de um simples requerimento”, lamentou Osmar. Ele denunciou que a manobra é uma forma de intimidá-lo a aderir ao grupo do prefeito.
“Eu pergunto: a Lei muda conforme a posição de um vereador. Quer dizer se eu aderir ao prefeito, a eleição fica toda legal. Mas porque eu tenho minha posição firme eu tenho que ser afastado da Câmara? Eu prefiro perder meu mandato do que ter que se submeter a esse tipo de chantagem”, avisou o vereador.
Ameaças de armações
Na entrevista, Osmar Vitalino disse que há um movimento nos bastidores de intimidação, chantagem e ameaças de armações contra todos aqueles que pensam diferente. Ele alertou que não será surpresa a cidade se deparar com calúnias e mentiras para atingir a honra de pessoas da política local.
“Estamos sofrendo todo tipo de pressão. Até pessoas que moram fora de Marizópolis também começaram a ser intimidadas e chantageadas”, denunciou o vereador.
A legalidade da eleição
Osmar lembrou que três decisões da Justiça de Sousa atestaram a legalidade da eleição da Câmara. Ele citou também certidão assinada pelo ex-presidente da Câmara, Derval Olímpio, confirmando a lisura e transparência de todos os atos realizados numa sessão com a presença de oito dos nove vereadores.
“Eu confio em todas as medidas adotadas pelo então presidente Derval Olímpio, um homem sério, decente, um homem de Deus, que sabe honrar as calças que veste. Ele mesmo passou quando foi presidente por todo tipo de pressão. Sabe bem o que eu estou vivendo agora”, recordou.
Vereador Osmar Vitalino, presidente da Câmara de Marizópolis
Pensar diferente custa alto
O presidente da Câmara atribui esse quadro na cidade de Marizópolis a uma tentativa de amordaçar todos aqueles que pensam diferente da atual gestão.
“Nós estamos defendendo uma nova forma de pensar a política de Marizópolis e quem pensa diferente e é independente do atual prefeito e do ex-prefeito Zé Vieira paga um preço alto”.
Eleições 2020 e uma “nova política”
Osmar enfatizou a construção de uma nova força política na cidade, independente dos grupos que já comandaram o município nos últimos 24 anos.
Perguntado sobre nomes que poderiam fazer essa “diferença”, o vereador citou o pastor Eudes (Rede), atual vice-prefeito da cidade.
“Sem sombra de dúvidas é um marizopolense que tem muito a contribuir para fazer a diferença. Ele inclusive já foi lançado pelo presidente estadual do seu partido, a Rede”.
Vitalino também elogiou o jornalista Heron Cid, filho de Marizópolis, com atuação na comunicação da capital paraibana. “É uma pessoa extraordinária, respeitada e que pensa grande para cidade de Marizópolis”.
Redação DIÁRIO DO SERTÃO